Patrícia Carvalho, do partido Chega, fez duras críticas ao governo português, desmascarando a hipocrisia nas promessas orçamentárias. Ela alertou que o corte no ISP e o aumento das taxas ambientais vão impactar diretamente o bolso dos cidadãos, enquanto a situação social do país continua a deteriorar-se.
Durante uma acalorada intervenção, Carvalho destacou que o governo está revogando descontos essenciais, o que resultará em menos dinheiro na carteira dos portugueses. “As oscilações de preço dos combustíveis são mínimas e não compensam”, afirmou, enfatizando a insatisfação da população com a situação atual.
A deputada também denunciou o aumento das taxas ambientais em 4%, num momento em que as pessoas enfrentam dificuldades financeiras. “Não podemos considerar que este orçamento é positivo quando as contas públicas não traduzem melhorias na vida das pessoas”, disse, referindo-se à crescente pobreza e falta de habitação.
Carvalho não poupou críticas ao primeiro-ministro, que afirmou que Portugal é uma referência de estabilidade económica. “Enquanto isso, vemos pessoas a viver em tendas e sem abrigo nas ruas”, lamentou, chamando a atenção para a realidade social que contradiz as declarações do governo.
Ela também abordou a questão das empresas, que estão a sofrer com o aumento dos custos de transporte e a carga fiscal. “As promessas de melhoria nas condições de vida não se concretizam, e o aumento do salário mínimo não é suficiente para cobrir o aumento do custo de vida”, destacou.
A parlamentar exigiu ações concretas e não paliativos, afirmando que o governo precisa reduzir impostos e melhorar as condições de trabalho. “Precisamos de um compromisso real com a população e não de discursos vazios”, concluiu, deixando claro que o Chega está disposto a lutar por mudanças efetivas.
O clima no parlamento estava tenso, com a oposição questionando a viabilidade do orçamento apresentado. Carvalho alertou que a falta de pressão sobre o governo pode levar a um esvaziamento do papel do parlamento na discussão orçamental.
Neste cenário, a indignação da deputada reflete a crescente frustração da população portuguesa com a gestão do governo. A situação social e económica continua a ser uma preocupação central, e as promessas orçamentárias parecem distantes da realidade vivida por muitos cidadãos.
À medida que as críticas se intensificam, a pressão sobre o governo para agir de forma eficaz aumenta, e a população aguarda respostas que possam realmente melhorar suas condições de vida. O futuro do orçamento e suas consequências para os portugueses está em jogo, e a luta por justiça social continua.
